quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

PROCESSO AERÓBIO x PROCESSO ANAERÓBIO

Os organismos aeróbicos em geral compreendem os seres que dependem do oxigênio para sobreviver. Já os organismos anaeróbicos são capazes de respirar sem a presença do oxigênio. Essas bactérias são utilizadas em sistemas de tratamento de efluentes, os dois métodos se baseiam no crescimento de microrganismos presentes no próprio esgoto para decompor a matéria orgânica.

Para qualquer ser vivo viver, tem que ocorrer uma série de processos para que eles sintetizem substância (como a Proteína) – é a nutrição - e para que obtenham energia ou ATP (respiração ou fermentação). Isto chamamos de Metabolismo. Então, metabolismo é o conjunto de reações bioquímicas que ocorrem dentro das células dos seres vivos. É na obtenção de ATP (energia) que está a diferença entre os dois tipos de Bactérias: Aeróbica e Anaeróbica.

Assista ao vídeo e entenda melhor: Processo Aeróbio x Processo Anaeróbio


QUAL É A DIFERENÇA ENTRE AS BACTÉRIASAERÓBICAS E AS ANAERÓBICAS?


BACTÉRIAS AERÓBIAS:
Os microrganismos aeróbios obtêm energia (conservada na célula em forma de ATP) por meio de reações químicas com o oxigênio (O2). Nessa reação haverá água (H2O) e gás carbônico (CO2) que será eliminado, e a formação de ATP que será utilizada para todas as atividades como por exemplo, a reprodução. Sem o oxigênio não é possível realizar essa reação, de modo que a bactéria morre ou fica inativa.
No tratamento de efluentes aeróbio são estimuladas essas reações adicionando mais oxigênio no efluente. Assim, essas bactérias irão se multiplicar (uma vez que possuem ATP de sobra para suas atividades) e irão inibir o crescimento de outros microrganismos. Essas bactérias também irão atuar na decomposição da matéria orgânica.
Exemplo de sistema de tratamento aeróbio: Sistema de lodo ativado
Sistema de lodo ativado
Assim que começar a faltar matéria orgânica ou oxigênio, essas bactérias não mais se reproduzirão, ou seja, irão parar de se multiplicar. Começará, então, um processo inverso, de diminuição populacional dessas bactérias, que pode também ser estimulado pelo aumento da temperatura e mudança de pH do meio.
BACTÉRIAS ANAERÓBIAS:
A obtenção de ATP pelos organismos anaeróbios também é chamada de fermentação. Esse processo é muito estudado e utilizado pelos seres humanos há muito tempo. O pão, a cerveja, o vinho, o queijo, são alimentos milenares que se baseiam no crescimento de organismos anaeróbios.
No tratamento de efluentes anaeróbio é estimulada o crescimento populacional dessas bactérias. Em países tropicais, como no Brasil, esse estimulo se dá justamente pela temperatura do meio ambiente. Desse modo não é necessário adicionar oxigênio ao esgoto para o crescimento da bactéria, e com isso podemos economizar energia no processo do tratamento.
Exemplo de sistema de tratamento anaeróbio: Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA)
Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA)

Assim como no processo aeróbio, o crescimento de bactérias anaeróbias irá inibir o crescimento dos microrganismos aeróbios, que também é reduzido devido à pouca quantidade de oxigênio dissolvido nos esgotos. Sendo assim, os microrganismos anaeróbios predominantes irão consumir o excesso de matéria orgânica. No processo anaeróbio, entretanto, é possível recuperar mais nutrientes que depois 
podem ser utilizados em outros processos, como na fertilização de plantações.

Referências:

ACQUA ENGENHARIA E CONSULTORIA. Manual de Operação – Lodo Ativado. Pirassununga, SP.

REALI, M. A. P. Noções Gerais de Tratamento e Disposição Final de Lodo de Estações de Tratamento de Água. 1 ed. Prosab; Rio de Janeiro,RJ: Rima,1999. 240 p.

VON SPERLING, M. Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias. Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos. 2 ed. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; Belo Horizonte, MG: Segrac, 1996. 243 p. v. 1.

VON SPERLING, M. Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias. Princípios Básicos do Tratamento de Esgotos. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; Belo Horizonte, MG: Segrac, 1996. 211 p. v. 2. 
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