quarta-feira, 13 de maio de 2020

PROBLEMAS DE EFLUENTE SECUNDÁRIO TURVO NO SISTEMA DE LODO ATIVADO

Guia de Resolução de Problemas para a operação de sistemas de tratamentos de efluentes por lodos ativados.


Indicações/Observações
Causa Provável
Verificar/Monitorar
Solução






1) Efluente secundário do decantador apresenta-se turvo e contém material suspenso. Licor misto apresenta baixa sedimentabilidade, com sobrenadante turvo
Baixo SSTA nos tanques de aeração devido a partida do sistema
Consultar guia de resolução de problemas - problemas de formação de
espumas - item 1








Aumento da carga orgânica

Examinar licor misto e RL no microscópio. Verificar presença e atividade de protozoários.
a.  Se poucos ou ausência de protozoários , provável ocorrência de choque orgânico.
b.   Se grande presença de flagelados ou amebas, sistema pode encontra-se sobrecarregado

Verificar F/M. Incluir carga de DBO de linhas do processo tais como sobrenadante do espessador, filtrados, etc.
Se o F/M está acima do normal, reduzir taxa de descarte de lodo para até 10% por dia para retornar o processo ao nível adequado de F/M e aumentar a taxa de retorno para minimizar a camada de lodo e
transferir sólidos para o tanque de aeração


Verificar O.D. no tanque de aeração
Ajustar a taxa de aeração para O.D. entre
1,5 e 4,0 mg/l
Adicionar coagulantes como sulfato de alumínio, cloreto férrico ou polímero para ajudar a sedimentação dos flocos












1) Efluente secundário do decantador apresenta-se turvo e contém material em suspensão. Licor misto apresenta baixa sedimentabilidade, com sobrenadante turvo








Choque por carga tóxica




Examinar licor misto e RL no microscópio. Verificar presença e atividade de protozoários.
a.  Caso protozoários presentes mas inativos, possível carga tóxica recente no processo. Reduzir descarga mas manter operação normal
b.  se os protozoários forem poucos ou ausentes, e O.D. adequada indicam carga tóxica no processo. Se tóxicos ainda presentes no sistema, manter descarte normal ou aumentar continuamente o descarte por alguns dias para limpeza do processo. Se a carga tóxica já passou pelo sistema obter inóculo de
lodo e interromper descarte até crescimento de microorganismos.
Verificar se a taxa de respiração no
licor misto teve rápido decréscimo.
Se esta menor que 5mg/g.h, provável
ocorrência de choques de toxidade

Verificar presença de tóxicos em amostras compostas do afluente e no licor misto.
Se constatado presença de metais no licor misto, considerar aumento de descarte por aproximadamente uma semana para limpeza
do sistema Também, tentar localizar fonte geradora de resíduos tóxicos

Aeração excessiva causando cisalhamento dos flocos
Examinar licor misto no microscópio. Verificar flocos dispersos ou fragmentados para presença e atividade de protozoários.
Se protozoários ativos e saudáveis e flocos dispersos, consultar guia de resolução de problemas - tabela de problemas de aeração item 1.


Baixo O.D. nos tanques de aeração


Examinar licor misto no microscópio para presença e atividade de protozoários. Verificar F/M e O.D.
Caso poucos ou nenhum protozoário, F/M inferior ou na faixa normal de valores, baixa O.D., consultar tabela de problemas de aeração itens 2 e 3.

Assista ao vídeo e entenda melhor: Problemas de efluente secundário turvo no sistema de lodo ativado





Referências:

ACQUA ENGENHARIA E CONSULTORIA. Manual de Operação – Lodo Ativado. Pirassununga, SP.

REALI, M. A. P. Noções Gerais de Tratamento e Disposição Final de Lodo de Estações de Tratamento de Água. 1 ed. Prosab; Rio de Janeiro,RJ: Rima,1999. 240 p.

VON SPERLING, M. Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias. Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos. 2 ed. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; Belo Horizonte, MG: Segrac, 1996. 243 p. v. 1.

VON SPERLING, M. Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias. Princípios Básicos do Tratamento de Esgotos. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; Belo Horizonte, MG: Segrac, 1996. 211 p. v. 2.
  

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